segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Sergipe: Denúncias de maus tratos contra crianças contam com atendimento exclusivo

O Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Segurança Pública, criou um número de telefone exclusivo para atender denúncias de maus-tratos, negligência, espancamento, abuso sexual e demais crimes contra crianças e adolescentes em todo o Estado. O disque-denúncia, lançado no último Dia das Crianças, funciona 24 horas por na Delegacia Especial de Atendimento a Crianças e Adolescentes Vítimas, ligada ao Centro de Atendimento aos Grupos Vulneráveis (CAGV). O número é (79) 3213-7000.
A iniciativa pioneira no Estado foi adotada para oferecer um canal de comunicação que facilite as denúncias e aumente a sensação de vigilância para este tipo de vítima, que não dispõe de formação física e psicológicas suficientes para buscar sua própria proteção. Na visão da delegada Georlize Teles, a principal arma no enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes continua sendo, sem sombra de dúvidas, a denúncia feita pela população.
A delegada esclareceu que este tipo de denúncia vem sendo realizado pelo Disque 100 da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. O número disponibilizado pelo Governo do Estado busca diminuir ainda mais o tempo resposta da Polícia Civil na investigação dos casos.
Benefícios
Através do (79) 3213-7000, a pessoa que denunciar terá a sua identidade mantida em sigilo e com a garantia de que a informação será verificada pelos policiais que atenderam a ligação. Caso a denúncia chegue do interior de Sergipe, os policiais farão o contato com a delegacia da cidade onde a possível vítima reside.
Segundo a delegada Georlize Teles, a violência contra crianças e adolescentes é um tema preocupante. Para se ter uma idéia da gravidade do problema, somente o Centro de Atendimento aos Grupos Vulneráveis recebe pelo menos 10 denúncias por dia sobre crianças e adolescentes que, em geral, sofrem espancamentos e todos os tipos de agressões dentro da própria casa. Estatísticas mostram que os pais, padrastos, tios e pessoas próximas da família são os principais agressores.
“Por isso, a dificuldade das autoridades em coibir este crime, pois a maioria dos casos acontecem entre quatro paredes e às vezes, se não houver denúncias, sem que ninguém saiba por décadas”, destacou Georlize.
Levantamentos dos cinco Conselhos Tutelates de Aracaju concluíram que os casos de violência mais comuns contra crianças e adolescentes referem-se a agressões físicas, violência psicológica e abuso sexual. Aracaju tem cinco conselhos tutelares, divididos em cinco distritos localizados no conjunto Orlando Dantas, bairros Siqueira Campos, Centro, Santo Antônio e José Conrado de Araújo.
Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Um comentário:

Fellipe disse...
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